ELAS | Exposição fotográfica

A exposição colectiva Elas, com curadoria de José Bacelar, está patente no MIRA FORUM até ao final do presente mês de Julho e apresenta os projectos finais de cinco antigas formandas do Curso Profissional de Fotografia 2017/2019 do IPF do Porto, Ana Alvarenga, Andreia Cardoso, Bárbara Pouzada, Panfi Goes e Teresa Nunes.

 

A exposição inaugurou dia 3 de Julho e contou com a presença de cerca de centena de pessoas que, cumprindo as actuais regras da DGS, pacientemente esperaram para poder entrar e visitar a exposição. O programa N’Agenda do Porto Canal visitou a exposição, tendo ido para o ar no dia 11 de Julho uma peça sobre a mesma.

 

 

O curador José Bacelar conseguiu criar um desenho expositivo em que harmonizou práticas fotográficas distintas, que vão desde o arquivo, à criação de imagens tácteis, passando pelo documental.

 

Ana Alvarenga com “Intocáveis”, responde à pergunta “Que imagens guardaria da minha vida em qualquer circunstância, mesmo que deixasse de ver?”. A autora, certa de que as imagens, mais do que vistas, podem ser percepcionadas, pensou-as para lá do visual, estimulando uma outra modalidade sensorial, o tacto. O trabalho apresenta, lado a lado, litofanias e fotografias, revelando gradualmente todas as dimensões sensoriais do trabalho.

Andreia Cardoso, com “Penumbra”, explora um conjunto de fotografias que remontam ao final do século XIX e início do século XX. Recuperam-se fotografias abandonadas numa loja de antiguidades e, através de manipulações realizadas manualmente, criam-se novas narrativas. Este é o resultado de uma reflexão pessoal da autora sobre a fragilidade do objecto fotográfico enquanto elemento representativo da nossa história de vida, questionando aquilo que é visível e invisível ao nosso olhar e memória.

Bárbara Pouzada em “(SE) PARAR” apresenta a vivência de cinco venezuelanos que assistiram com angústia aos dias sombrios que se abateram sobre o seu país. Através do retrato individual tenta traçar um sentimento colectivo, a dor individual representa a dor colectiva.

 

Panfi Goes mostra-nos o trabalho “Deus quer, o Homem sonha e a Obra nasce” levando-nos numa visita guiada pelo mundo do subsolo, convidando-nos a percepcionar a escuridão, o silêncio e o engenho de que se faz a construção de uma conduta de água. Revela à generalidade das pessoas uma área inacessível da construção civil, revelando a rudeza e o rigor exigido e homenageando a astúcia e a valentia dos trabalhadores que são e fazem parte da obra.

 

Por fim, Teresa Nunes, apresenta-nos em “CUIDA(DOR)” um projecto sobre um problema contemporâneo, os cuidadores informais. Teresa vira-se para a sua própria família. Fotografa a Mãe que cuida do Avô.

Teresa Nunes

 

Fotografias Tiago Lopes

 

Link para o clip do programa N’Agenda: https://portocanal.sapo.pt/um_video/ZzU9y9lMvZ01uATM3m3l